O Islam tem uma presença significante na Coreia já a muito tempo. Nos séculos VIII e IX comerciantes árabes muçulmanos e marinheiros desembarcaram nas praias do Extremo Oriente e no ano de 845 e.g, livros como do explorador e geógrafo muçulmano Ibn Khurdadhbih já mencionavam a Coreia: “No mar, além da China, há um país montanhoso chamado Silla rico em ouro. Muçulmanos que vão lá por acidente, são tão atraídos por suas características permanecendo lá para sempre.” Certamente, naquela época vários comerciantes muçulmanos se estabeleceram na península coreana.

Alguns coreanos também fizeram várias viagens épicas para o Ocidente. Segundo registros, em 727 o famoso monge budista Heoch visitou o Oriente Médio em seu caminho procedente da Índia. Durante o período Koryo (918-1392), a cidade de Kaesong, então a capital da Coreia do Sul, se tornou o centro de uma comunidade ativa muçulmana, chegando a ter uma mesquita.
No entanto, quando a dinastia Yi assumiu o poder em 1392, o país experimentou um período de isolamento e seus contatos com o mundo exterior foram cortados de forma gradual.
Os turcos provaram ser bons soldados, mas também realizaram a divulgação do Islam. Sua “tendas mesquitas”, eventualmente, se tornaram centros de adoração para os convertidos coreanos.
O primeiro coreano a abraçar o Islam foi Omar Kim, que mais tarde ajudou a converter alguns membros da família e amigos. Os turcos também participaram de atividades humanitárias, criando uma boa impressão aos moradores.
Quando a guerra terminou, os turcos voltaram para casa, deixando para trás uma comunidade muçulmana local. Pequena, porém ativa a Sociedade Muçulmana Coreana foi inaugurada oficialmente em 1955.
Esta organização, rebatizada mais tarde como Fundação Coreana Islâmica, e tornou-se a principal organização muçulmana na península.
Alguns deles se converteram ao Islam nestes países e ao seu retorno à Coreia, foram integrados em comunidades muçulmanas e trabalharam no campo da Da’wah (propagação do Islam).
Em 1976 foi inaugurada a Mesquita Central de Seul em Itaewon, um bairro do centro de Seul. Naquela época era um dos edifícios mais importantes da cidade e ainda é impressionante. Atualmente estima-se que o número de muçulmanos na Coreia seja algo em torno de 170.000 seguidores, existem seis mesquitas no país e o Islam é a religião que mais cresce no país. Dezenas de estudantes coreanos foram enviados para vários países muçulmanos e uma universidade islâmica será construída com apoio do governo da Arábia Saudita.
No início, sua fé tornou-se uma fonte de conflito com sua família. “Eles pensaram que eu os estava traindo”, disse ele. Com o tempo, sua família e amigos passaram a aceitar a sua conversão, embora ele observa que há complicações para viver como um muçulmano na Coreia. “A questão dos alimentos é difícil, porque eu gosto de comer carne, mas apenas como carne halal”.
Outro problema é que, como acontece em outros países, a mídia muitas vezes apresenta uma falsa imagem do Islam como uma religião radical ou ligados a fenômenos como a divisões internas e de terrorismo.
Os muçulmanos replicam observando o bom humor entre os muçulmanos de diferentes origens existentes na Coreia, que se reúnem para rezar nas mesquitas. Relembram ainda a ausência de conflito com os coreanos de outras religiões e o bom padrão de vida que existe no país.
Mesquitas na Coreia do Sul: