Um grupo de especialistas britânicos trabalha na digitalização de um raro exemplar do Alcorão para torná-lo disponível na internet.
O manuscrito que pesa 53 kg precisa ser carregado por pelo menos duas pessoas e tem 470 páginas, e outras desaparecidas. Acredita-se que a cópia seja do século XIV ou XV. A versão foi encomendada pelo sultão Qansuh Ghori um dos últimos sultões dos mamelucos no Egito.
A Universidade de Manchester adquiriu esta versão do alcorão em 1901 e lá está até hoje. “O objetivo deste projeto é facilitar o acesso ao texto, é difícil para nós disponibilizar este manuscrito para os alunos, e não temos salas com tamanho apropriado para exibi-lo” disse Carol Burroughs, responsável pelo projeto
“Nós não sabemos quantas páginas faltam, pois não realizamos muitas pesquisas e estudos sobre isso, mas acreditamos que sejam 12 páginas”, acrescentou.
O secretário das coleções do Oriente Médio, Paul Tate afirmou que este alcorão “é um exemplar raro, mas o fascinante sobre ele é ser o modelo mais preciso da caligrafia mameluca islâmica”.
O projeto deve digitalizar pelo menos 950 imagens do alcorão que serão exibidas na Internet permitindo acesso dos estudantes ao detalhes do manuscrito. A Organização dos Manuscritos Islâmicos, que visa preservar manuscritos do Islam financia o projeto.